Por Camila Granato
Bom dia pessoal! Essa semana vamos falar de algo que tira o sono de muitos pais e cuidadores. E tem me tirado do sério também. A danada da fase do “ECA” pra tudo. Existe literatura que afirme que essa fase seletiva pode acontecer a partir de 1 ano ou após os 2 anos.
No primeiro caso, 20% das crianças realmente apresentam algum tipo de transtorno alimentar. Sendo que 80% , isso mesmo OITENTA POR CENTO, criam rejeição alimentar mediante comportamento aprendido. Que é a danada da substituição de comida de verdade por alimentos cheios de caloria vazia.
A ansiedade dos pais e cuidadores em que a criança cumpra uma rotina alimentar, que não é regra no primeiro ano de vida, faz com que nas vezes em que ela não come o que eles considerem suficiente, imediatamente seja feita uma compensação com um alimento pobre nutricionalmente – petit suisse, biscoito, geléia de mocotó e outras guloseimas. Isso causa na criança a associação de que, se ela não comer, vai conseguir o que deseja.
No segundo caso, acima de 2 anos, que é o lá de casa, o buraco é mais embaixo. O desenvolvimento infantil está relacionado ao aumento do grau de autonomia e o processo de socialização. Desta forma, a alimentação, que até então era a principal fonte de prazer, passa a um plano secundário.
E como está mais atenta, a criança começa a questionar (PASMEM) o que lhe é oferecido nas refeições. As 6 ou até 7 cores no prato, que antes eram tarefa simples, agora ganham ares de operação de guerra.
Lá em casa está mais ou menos assim. E eu observei que o lance com os alimentos de cor laranja é mais intenso. Cenoura, mamão, laranja e abóbora, que antes eram figurinhas fáceis no prato da pequena, agora se transformaram em um sonoro “não quero”. E não quer mesmo. Não come. Cospe. Faz birra. Ah, o terrible two.
Mas como a mamãe aqui é brasileira e não desiste nunca, continua colocando no prato em todas as refeições. Explica como faz bem e como é importante. Pra ser bem sincera, tô torcendo pro coelhinho da páscoa virar BFF dela e ela ter o desejo de voltar a comer cenoura pura, como sempre comeu.
E enquanto isso não acontece, o jeito é “turbinar” aquilo que ela continua comendo bem. E a receitinha de hoje tem tudo a ver com essa minha nova realidade.
Almôndega de carne turbinada (dá pra congelar)
INGREDIENTES
500g de patinho moído 2x (pode ser chã também)
½ cenoura grande
½ cebola grande
1 ovo
¼ de xicara de farinha de rosca (pode ser de aveia também)
Sal e pimenta a gosto
MODO DE PREPARO
No processador – se não tiver processador pode ser liquidificador mesmo – centrifugue a cenoura e a cebola até ficarem em pedaços bem pequenininhos.
Em seguida adicione metade da carne moída e processe novamente. Depois adicione o ovo. Numa vasilha a parte coloque o restante da carne moída a farinha e adicione a pasta centrifugada.
Amasse bem até que fique bem incorporado. Faça bolinhas e:
– Para congelar: coloque num tabuleiro uma do lado da outra e leve ao congelador. Quando estiverem bem congeladas transfira para um saco
– Para servir pura: leve ao forno médio por 25 minutos. Vire as almôndegas após 10 minutos e deixe assar bem antes de servir.
– Para servir com molho: Leve as almôndegas por 10 minutos no forno e depois transfira para a panela de molho onde você deve deixar fervendo por mais 10 minutos.
Lá em casa fez o maior sucesso. Aproveitei para enriquecer o molho do macarrão com cenoura também e ficou um papá super gostoso e mais nutritivo.
Até a próxima semana!
Fonte: https://br.monografias.com/trabalhos2/recusa-alimentar-fazer/recusa-alimentar-fazer2.shtml