Olá, mamães!
Hoje, vou contar minha experiência nas duas vezes em que voltei de licença maternidade. Quando minha primeira filha nasceu, eu tinha calafrios só em pensar na volta ao trabalho. Comecei a sofrer com isso logo nos primeiros meses.
Naquela época, a licença era de apenas 120 dias. Minha filha mamava exclusivamente no peito e não havia jeito de dar uma escapadinha até em casa para preservar o aleitamento. Orientada pelo pediatra, tentei introduzir a mamadeira. Ela não pegou de jeito nenhum. Fiquei arrasada.
Tentamos o suquinho de laranja lima (também orientada pelo pediatra) e ela deu altos escândalos. Me lembro da cena. Ela chorava de um lado e eu chorava do outro.
Quando voltei a trabalhar, entrei em pânico em pensar que ela ficaria com fome por causa da amamentação exclusiva e da resistência em pegar a mamadeira. E também havia a questão da separação. Como ela viveria sem mim? Ou melhor: como EU viveria sem ela?
Os primeiros dias foram difíceis. Ela simplesmente PULAVA AS MAMADAS enquanto eu estava fora! Quase morri… Mas é impressionante como as coisas se ajeitam. Ela foi automaticamente reorganizando os horários das mamadas. Passados alguns dias, pegou sim a mamadeira. Os bebês não são bobos de ficar com fome! Aquilo me deu um alívio enorme. Pelo menos a parte da alimentação estava resolvida. Agora, faltava a parte afetiva!
Foram meses de chororô na porta da escola (e eu chegando com o nariz vermelho no trabalho). De repente, o que parecia impossível aconteceu: nós duas nos adaptamos pouco a pouco e ficamos mais independentes. Ela foi tirando de letra.
Com os trigêmeos, por incrível que pareça, a adaptação foi mais fácil. Primeiro porque voltei após sete meses em casa (licença de 6 meses + férias). Segundo, porque eles já haviam se acostumado com outras pessoas, já que sempre precisei de muita ajuda. Por não ser a única a cuidar deles, tudo correu mais naturalmente.
Também facilitou o fato de eu ser mãe de segunda viagem e ter passado pela experiência antes. É claro que foi doloroso, mas, com quatro filhos para sustentar, não poderia cogitar a hipótese de não voltar e ainda não havia começado a trabalhar pela internet. De início, fizemos um mega revezamento em nossos horários e conseguimos segurar a barra, pois moro pertinho do trabalho. Depois, a solução foi a creche.
Sim, eu tinha vontade de ficar um pouco mais com eles (tipo assim, até os 18 anos…rs), mas tive que me adaptar para fazer essa transição da melhor maneira possível. Passada a fase das lágrimas, agora é curtir a montoeira de beijinhos e fungadas na chegada em casa ao fim de todos os dias.
Estou na torcida para que sua experiência seja de sucesso, seja qual for sua decisão: voltar ou não!