Quando temos filhos pequenos, muita gente pergunta: o papai ajuda? A própria pergunta já parte do princípio de que o pai é um coadjuvante, porque “ajudar” significa contribuir com aquele que faz a atividade principal (= mãe). É cultural achar que o pai tem que dar apenas uma “mãozinha”, em vez de assumir 50% dos trabalhos.
Meu lado xiita, encrenqueira, rabugenta e fundamentalista acha que o pai não tem só que “ajudar”, mas sim dividir as tarefas e assumir a responsabilidade que também lhe cabe. Pai não tem que “participar”, mas sim protagonizar a criação do filho.
Quer ver outra coisa que não entendo? Os pais que são vistos trocando uma fraldinha, dando mamá ou ninando o bebê em público são ovacionados e elogiados por todos. “Nossa, ele é um paizão, né?”, diz o povão. Às vezes, ele faz isso em apenas 10% do tempo, mas todo mundo acha lindo. Um simples “bilú bilú” masculino já transforma a rapaziada em heróis.
Gente, eu sei que isso é herança da nossa sociedade patriarcal, machista e arcaica (caramba, tô xiita mesmo). Eu sei que chama atenção um pai que cuida do filho, mesmo que seja um pouquinho, porque isso já foi bem raro um dia. Mas temos que começar a achar que a divisão de tarefas não é um mero favor, mas sim uma coisa normal. Não fez o filho também?
Não precisamos de pais que “ajudem” ou “participem”. Precisamos de pais que botem a mão na massa e segurem a barra como as mães. Queremos parceria. Aqui em casa, tenho um grande parceiro que também pensa assim. Somos uma equipe. Tem muito pai que é igual a príncipe de contos de fadas: ninguém sabe, ninguém viu. Não abre a boca e não tem nome. Só aparece para dançar a valsa no final e ainda leva o crédito de salvar a princesa.
Deixo aqui minha profunda admiração aos papais que vestem a camisa de verdade. Conheço muitos e tenho um exemplar aqui em casa. Acho isso normal. Na minha opinião, tem que ser assim. Bato palmas de pé para aqueles que realmente merecem o título.
7 de agosto de 2015
Janaína Grião
7 de agosto de 2015
Apoiado! Direitos e deveres iguais! Por que nós temos que assumir a parte principal? Adorei.=!
7 de agosto de 2015
Obrigada, Maira!
12 de agosto de 2015
Obrigada!!!
7 de agosto de 2015
Aqui em casa é tudo dividido e achamos isso muito normal, mas os outros não. Excelente texto!
7 de agosto de 2015
Obrigada! Tem que ser assim, né?
12 de agosto de 2015
Obrigada! Bato palmas para vocês!!!!
8 de agosto de 2015
Tb sempre tive implicância com o verbo ajudar.Afinal, vc só ajuda se estiver a fim ou “tiver tempo”. Tb tenho sorte de ter um companheiro/pai exemplar em casa. Acho que ganhamos na loteria!kkkkk
8 de agosto de 2015
Concordo plenamente!
8 de agosto de 2015
to mais sugada q zumbi em noite de hallowem…
só eu me ferro pra cuidar de tres crianças pequenas,aff meu saco já ta enchendo com tanta cobrança…
8 de agosto de 2015
Força, amiga, força!!!!
8 de agosto de 2015
obrigada,,,preciso mesmo,ontem foi meu niver,passei no upa com o filho caçula dodói,e o pai me culpando,nem um abraçp recebi…
mas Deus está vendo tudo…
9 de agosto de 2015
Juliana Oliveira Nunes parabéns e sinta-se abraçada por essa mãe pirada, viu?
9 de agosto de 2015
obg!!!
13 de agosto de 2015
Estoy de acuerdo!!! Aliento a que sea mas difundido y se hable mas del tema… hay mucho que comentar al respecto…
Gracias, muy buen Blog
Saludos desde Paraguay,
14 de agosto de 2015
Estimado Felix, muchas gracias! Estoy muy contenta con sus palavras! Saludos de Brasil!
28 de setembro de 2015
Sempre tive um pai de verdade ao meu lado para criarmos nosso filho Ele sempre fez as mesmas coisas que eu e só ele foi ovacionado como o super pai. Achei que era ciúme, ainda bem que não sou a única achar isso injusto.
28 de setembro de 2015
E fico feliz de não ser a única também!!! Grande beijo!!!